11 de maio de 2011

Derrubando a frase de Allan Brizotti. "Deus demais é idolatria. Diabo demais é fetiche. Crente demais é fanatismo."

¬¬¬' O que mais me deixa triste são pessoas que se dizem cristãs, usar essas frases em seus blogs, twitters, orkuts e etc. Mas vamos responder a essa frase por partes.

"Deus demais é idolatria"
O que é idolatria? Idolatria é adorar a criação em vez do Criador. A Bíblia diz em Romanos 1:22-23 “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” 
Os mandamentos proíbem que adoremos ídolos ou imagens. A Bíblia diz em Êxodo 20:3-4 “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” 
- Com essa frase você está afirmando que o seu Deus não é Deus! (tá amarrado)


"Diabo demais é fetiche."
A crença das pessoas sobre Satanás vai do tolo ao abstrato: de um pequeno ser vermelho com chifres que senta sobre seu ombro motivando você a pecar, a uma expressão usada para descrever a personificação do mal. Entretanto, a Bíblia nos dá um retrato claro de quem é Satanás, e como ele afeta nossas vidas. Colocando de forma simples, a Bíblia define Satanás como um ser angelical que decaiu de sua posição no céu por causa do pecado e está agora em posição exatamente oposta a Deus, fazendo tudo a seu alcance para frustrar os planos de Deus para a humanidade. Satanás foi criado como santo anjo. Isaías 14:12 possivelmente dá a Satanás o nome, antes da queda, de Lúcifer. Ezequiel 28:12-14 descreve Satanás sendo criado como querubim, e foi aparentemente o anjo criado em posição mais alta. Ele se tornou arrogante em sua beleza e posição, e decidiu que queria se assentar em um trono que fosse acima do de Deus (Isaías 14:13-14; Ezequiel 28:15; I Timóteo 3:6). O orgulho de Satanás o levou à queda. Repare as muitas afirmações no futuro em Isaías 14:12-15 (subirei, exaltarei, me assentarei, subirei e serei). Por causa de seu pecado, Deus expulsou Satanás do céu.
Satanás se tornou o governante deste mundo que funciona longe de Deus, e o príncipe das potestades do ar (João 12:31; II Coríntios 4:4; Efésios 2:2). Ele é um acusador (Apocalipse 12:10), um tentador (Mateus 4:3; I Tessalonicenses 3:5) e um enganador (Gênesis 3; II Coríntios 4:4; Apocalipse 20:3). Seu próprio nome significa adversário ou “o que se opõe”. Outro nome usado para Satanás, o diabo, significa “maligno” ou “caluniador”. 
Apesar de ter sido expulso do céu, ele ainda busca elevar seu trono acima de Deus. Satanás, de maneira fraudulosa, imita tudo o que Deus faz, esperando ganhar a adoração do mundo e incitar oposição ao reino de Deus. Satanás é a maior força atrás de qualquer falso culto e religião mundana. Satanás fará qualquer coisa e todas as coisas em suas forças para se posicionar contra Deus e contra os que seguem a Deus. Entretanto, o destino de Satanás está selado: uma eternidade no lago de fogo (Apocalipse 20:10). A Bíblia descreve o inferno como um lugar terrível e assustador. O inferno é descrito como um “fogo eterno” (Mateus 25:41), “fogo que nunca se apagará” (Mateus 3:12), “vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2), um lugar onde “o fogo nunca se apaga” (Marcos 9:44-49) e “eterna perdição” (2 Tessalonicenses 1:9). Apocalipse 20:10 descreve o inferno como um “lago de fogo e enxofre”, onde os perversos são “atormentados para todo o sempre”. Por essas passagens, é bem claro que o inferno é um lugar que devemos evitar. 
Por que o inferno existe e por que é que Deus envia algumas pessoas para lá? A Bíblia nos diz que Deus “preparou” o inferno para o diabo e os anjos caídos depois de terem se rebelado contra Ele (Mateus 25:41). Aqueles que rejeitam a oferta do perdão de Deus sofrerão o mesmo destino eterno que o diabo e os anjos caídos. Por que o inferno é necessário? Todo pecado é, no final das contas, contra Deus (Salmos 51:4), e uma vez que Deus é infinito e eterno, somente uma pena infinita e eterna é suficiente. O inferno é o lugar onde as demandas de um Deus santo e justo são realizadas. O inferno é onde Deus condena o pecado e todos aqueles que O rejeitam. A Bíblia deixa claro que todos nós pecamos (Eclesiastes 7:20, Romanos 3:10-23), então, como resultado, todos nós merecemos ir para o inferno. Assim, como podemos não ir para o inferno? Uma vez que apenas uma pena infinita e eterna é suficiente, um preço infinito e eterno deve ser pago. Deus tornou-se um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, Deus habitou entre nós, nos ensinou e nos curou - mas essas coisas não foram a Sua missão principal. Deus se tornou um ser humano (João 1:1, 14) para que Ele pudesse morrer por nós. Jesus, Deus em forma humana, morreu na cruz. Como Deus, Sua morte foi de valor infinito e eterno, pagando o preço total pelo pecado (1 João 2:2). Deus nos convida a receber Jesus Cristo como Salvador, aceitando Sua morte como o pleno e justo pagamento pelos nossos pecados. Deus promete que todo aquele que crê em Jesus (João 3:16), confiando somente nEle como o Salvador (João 14:6), será salvo, ou seja, não irá para o inferno.
Deus não quer que ninguém vá para o inferno (2 Pedro 3:9). É por isso que Deus fez o sacrifício supremo, perfeito e suficiente a nosso favor. Se você não quiser ir para o inferno, receba Jesus como o seu Salvador. É um processo muito simples. Diga a Deus que você reconhece que é um pecador e que merece ir para o inferno. Diga a Deus que você está confiando em Jesus Cristo como o seu Salvador. Agradeça a Deus por providenciar pela sua salvação e libertação do inferno. Através de fé simples, quer dizer, confiando em Jesus Cristo como Salvador, é como você pode evitar ir para o inferno! 
As igrejas querem DEIXAR ISSO BEM CLARO, você sabe que tem dois caminhos, mas pra saber qual é o certo você também tem que conhecer o errado, mas pelo fato de você querer mascarar os seus pecados, ficam inventando essas coisas, dizendo que a igreja só fala em diabo e blábláblá. 
"Crente demais é fanatismo.

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Fanatismo (do francês "fanatisme") é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. É extremamente freqüente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.
Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:
1. Agressividade;
2. Preconceitos vários;
3. Estreiteza mental;
4. Extrema credulidade quanto ao próprio sistema, com incredulidade total quanto a sistemas contrários;
5. Ódio;
6. Sistema subjetivo de valores;
7. Intenso individualismo;
8. Demóra excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.
Pois é.. engraçado é que eu não vejo essas características nos evangélicos. Vejo essas características nas pessoas que seguem sei lá o que, e vem dizer isso de nós. Pra eles somos loucos. “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos , poder de Deus”. 1Co 1:18
De qualquer forma a Bíblia nos informa que a mensagem do Evangelho é considerada loucura para o homem natural, conforme se vê: “ Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente ”. Então, se os homens naturais não têm discernimento para entenderem a mensagem do Evangelho, certamente também não entenderão os seguidores do mesmo.
De conteúdo essencialmente espiritual, o Evangelho em hipótese alguma poderá ser plenamente compreendido por qualquer outra vertente, tenha ela qualquer denominação que seja.
Mas... graças a Deus, o Evangelho é considerado o poder de Deus para os que crêem, porquanto se lê: “ Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé ” Rm 1:16-17. Assim, como Paulo podemos nos alegrar no Evangelho, nos gloriarmos e nos sentirmos honrados em pertencermos à família evangélica; porque a justiça de Deus se revela no evangelho do princípio ao fim.
Como diz o apóstolo Paulo aos Colossenses , damos graças a Deus por ter-nos feitos capazes de recebermos a parte que nos cabe da herança do Seu reino; ainda que para alguns seja tudo uma grande loucura.
Ademais o poder de Deus está acima de todo poder humano. Em 1 Coríntios 1:25 o apóstolo diz: “ Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens ”. Deus criou todas as coisas no céu e na terra, por isso é transcendente à sua criação; portanto, todas as coisas estão debaixo do Seu poder.

Qual foi a 1° igreja, qual é a igreja original?

Resposta: A capacidade de desenhar uma linha no tempo que volte ao passado até a “primeira igreja” através da “sucessão apostólica” é um argumento usado por várias igrejas diferentes para afirmar que sua igreja é “a única igreja verdadeira”. A Igreja Católica Romana faz tal alegação. A Igreja Ortodoxa Grega faz esta alegação. Algumas denominações protestantes fazem esta alegação. Alguns dos cultos “cristãos” fazem esta alegação. Como saberemos que igreja é a correta? A resposta bíblica é: isto não importa!

A primeira igreja, seu crescimento, doutrinas e práticas foram registradas para nós no Novo Testamento. Jesus, assim como Seus apóstolos, previram que falsos mestres se levantariam, e sim, é visível em algumas epístolas do Novo Testamento que estes apóstolos tiveram que lutar contra falsos mestres ainda no passado. Ter um pedigree de sucessão apostólica ou ser capaz de encontrar as raízes de uma igreja no passado, na “primeira igreja”, não é algo que esteja dito em lugar algum das Escrituras como um teste para ser a verdadeira igreja. Mas as Escrituras registram repetidas comparações entre o que um falso mestre ensina e o que a primeira igreja ensinava. Se uma igreja é a “igreja verdadeira” ou não, é determinado se compararmos seus ensinamentos e práticas com os da igreja do Novo Testamento, como registrado nas Escrituras.
Por exemplo, em Atos 20:17-38, o Apóstolo Paulo tem uma oportunidade de falar aos líderes da igreja na grande cidade de Éfeso uma última vez, face a face. Nesta passagem, ele os adverte que falsos mestres não somente surgirão entre eles, mas também DENTRE eles (versos 29-30). Paulo não expressa o ensino de que eles deveriam seguir a “primeira” igreja organizada como segurança para a verdade, mas ele os encomenda a segurança de “Deus e à palavra de Sua graça” (verso 32). Por esta razão, a verdade poderia ser determinada ao se depender de Deus e da “palavra de Sua graça” (ou seja, as Escrituras; veja João 10:35).

Esta confiança na Palavra de Deus, ao invés de seguir certos “fundadores” individuais, é vista mais uma vez em Gálatas 1:8-9, onde Paulo afirma: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Por isto, a base para se diferenciar a verdade da mentira não é baseada em QUEM está ensinando, “nós mesmos ou um anjo do céu”, mas se é o mesmo evangelho que eles já receberam: e este evangelho está registrado nas Escrituras.



Outro exemplo desta confiança na Palavra de Deus é encontrado em II Pedro. Nesta epístola, o Apóstolo Pedro está em luta contra falsos mestres. Fazendo isto, Pedro começa mencionando que nós temos “mui firme palavra” para confiar, mais do que até ouvir a voz de Deus dos céus como aconteceu na transfiguração de Jesus (II Pedro 1:16-21). Esta “mui firme palavra” é a escrita Palavra de Deus. Pedro diz a eles novamente para serem cuidadosos “das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador” (II Pedro 3:2). Tanto as palavras dos santos profetas quanto os mandamentos que Jesus deu aos apóstolos estão registrados nas Escrituras.

Como determinamos se uma igreja está ensinando a correta doutrina ou não? O único padrão infalível que temos, segundo as Escrituras, é a Bíblia (Isaías 8:20; II Timóteo 3:15-17; Mateus 5:18; João 10:35; Isaías 40:8; I Pedro 2:25; Gálatas 1:6-9). A tradição faz parte de qualquer igreja, mas esta tradição deve ser comparada com a Palavra de Deus, sob pena de ir contra o que é verdadeiro (Marcos 7:1-13). Mesmo sendo verdade que os cultos e às vezes as igrejas ortodoxas torçam a interpretação das Escrituras para apoiar suas práticas, as Escrituras, quando tomadas em contexto e estudadas com fé, são capazes de guiar-nos à verdade.



A “primeira igreja” é a igreja que está registrada no Novo Testamento, especialmente no Livro de Atos e nas Epístolas de Paulo. A igreja do Novo Testamento é a “igreja original” e “a igreja verdadeira”. Podemos saber disto porque ela está descrita, em grandes detalhes, nas Escrituras. A igreja, como registrada no Novo Testamento, é o padrão de Deus e base para Sua igreja. Sobre esta base, vamos agora examinar a alegação dos católicos romanos de que constituem a “primeira igreja”. Em nenhum lugar do Novo Testamento encontraremos a “única igreja verdadeira” fazendo qualquer das seguintes coisas: orando a Maria, orando aos santos, venerando Maria, submetendo-se ao papa, tendo um sacerdócio selecionado, batizando um bebê, observando as ordenanças do batismo e a Ceia do Senhor como sacramentos ou passando a autoridade apostólica a sucessores dos apóstolos. Todos estes são elementos centrais da fé católica romana. Se a maioria dos elementos centrais da Igreja Católica Romana não são praticados pela Igreja do Novo Testamento (a primeira e única igreja verdadeira), como então pode a Igreja Católica Romana ser a primeira igreja? Um estudo do Novo Testamento claramente revelará que a Igreja Católica Romana não é a mesma igreja descrita no Novo Testamento.
O Novo Testamento registra a história da igreja desde aproximadamente 30 d.C. a aproximadamente 90 d.C. No segundo, terceiro e quarto séculos, a história registra várias doutrinas e práticas católicas romanas entre os cristãos primitivos. Não é lógico que fosse mais provável que os cristãos primitivos entendessem o que os apóstolos queriam realmente dizer? Sim, é lógico, mas há um problema. Os cristãos do segundo, terceiro e quarto séculos não eram realmente os primeiros. Repetimos, o Novo Testamento registra a doutrina e prática dos primeiros cristãos... e o Novo Testamento não ensina o Catolicismo Romano. Qual é a explicação para que a igreja do segundo, terceiro e quarto séculos tivesse começado a mostrar sinais do Catolicismo Romano?



A resposta é simples: a igreja do segundo, terceiro e quarto século (e em diante) não possuía o Novo Testamento completo. As igrejas tinham partes do Novo Testamento, mas o Novo Testamento (e a Bíblia completa) não estava comumente disponível até depois da invenção da imprensa em 1440 d.C. A igreja primitiva fez o melhor que pode em passar adiante os ensinamentos dos apóstolos através da tradição oral, e através de uma disponibilidade extremamente limitada da Palavra na forma escrita. Ao mesmo tempo, é fácil ver como as falsas doutrinas puderam se infiltrar em uma igreja que tinha acesso apenas ao Livro de Gálatas, por exemplo. É muito interessante observar que “A Reforma Protestante” se seguiu logo depois à invenção da imprensa e tradução da Bíblia nas linguagens comuns às pessoas. Uma vez que as pessoas começaram a estudar a Bíblia por si mesmas, tornou-se muito claro quão longe a Igreja Católica Romana tinha se afastado da igreja descrita no Novo Testamento.

As Escrituras nunca mencionam “que igreja veio primeiro” como a base para determinar qual a “verdadeira” igreja. O que elas ensinam é que se deve usar as Escrituras como o fator determinante para sabermos qual igreja está pregando a verdade e desta forma é fiel à primeira igreja. É especialmente importante comparar as Escrituras com os ensinamentos de uma igreja em termos dos assuntos centrais, como a total divindade e humanidade de Cristo, a expiação pelo pecado através de Seu sangue no Calvário, a salvação do pecado pela graça por meio da fé e a infalibilidade das Escrituras. A “primeira igreja” e “a igreja verdadeira” estão registradas no Novo Testamento. Esta é a igreja que todas as outras igrejas devem seguir, tentar igualar ou superar e ter como modelo.

10 de maio de 2011

6 - QUANTOS ANJOS HAVIAM NO TÚMULO DE JESUS? Um? “Eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, chegou removendo a pedra e sentou-se sobre ela” Mateus 28:2 “E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestindo uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas.” Marcos 16:5 Dois? E acharam a pedra do sepulcro removida...E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecente.” Lucas 24:2,4 “e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus...” João 20:12

RESPOSTA: A resposta parece simples, pois eu já me referi ao fato de que os evangelhos se completam, formando, na verdade, um só evangelho. Os quatro evangelhos, juntos, formam um “quadro” harmonioso. As aparentes contradições desaparecem com um pouco de meditação e conhecimento da cultura e expressões usadas na época.
Em Mateus 28. 2, “Maria Madalena, e a outra Maria” foram ao sepulcro e acharam a pedra que obstruía a sua entrada e viram um anjo FORA sobre a pedra que lhes dizia que Jesus havia ressuscitado. O anjo as convidou a entrar no sepulcro. Mateus não relata o que aconteceu DENTRO do sepulcro, somente diz que retiram-se apressadamente do sepulcro e foram contar o fato aos discípulos.
Marcos, em Marcos 16. 1-8, por sua vez, não relataram o que acontecera FORA do túmulo. Somente relata o que aconteceu DENTRO do túmulo. Descreve o fato que viram outro anjo assentado dentro ao lado direito do lugar onde o corpo de Jesus tinha sido colocado. O anjo DENTRO DO TÚMULO reafirmou a mesma história que elas tinham ouvido do anjo que estava FORA, assentado sobre a pedra que fora removida. E Marcos registra ainda o fato de que as mulheres saíram apressadas e não fizeram o que os anjos lhe ordenaram, pelo menos de início, pois depois iriam fazer: avisar os discípulos da aparição dos anjos.
Em Lucas 24. 1-6, registra o fato de que foram dois os anjos que foram vistos por elas: provavelmente, o anjo que lhes aparecera FORA entrou no túmulo, quando ainda estavam escutando a confirmação do outro anjo DENTRO do túmulo. Daí que viram dois anjos DENTRO do túmulo. Então, Lucas nos informa, que, por mais que as mulheres relutaram em contar a visão em um primeiro momento, depois, acabaram contando aos discípulos das suas experiências. Lucas descreve também o fato de que Pedro, ao escutar a história das mulheres, correu ao sepulcro (24. 12).
Em João 20. 1-17, foca no fato de que foi especificamente Maria Madalena que informou a Pedro de que o corpo do mestre não estava mais no sepulcro (v. 2). Informa ainda que não foi somente Pedro que correu ao sepulcro, mas também outro discípulo, João. Registra ainda que, embora os anjos não aparecerem aos dois, eles viram alguns vestígios de que Jesus realmente havia ressuscitado. Então, voltaram para casa (NÃO VENDO O MESTRE RESSUSCITADO). No entanto, Maria Madalena, inconformada e querendo ver a Jesus, volta ao túmulo do Mestre. Enquanto estava chorando e olhando para dentro do túmulo (v. 11), viu os dois anjos assentados onde o corpo de Jesus estivera, um na cabeça e outros aos pés. Foi aí então que Jesus apareceu FORA do sepulcro e falou com ela. Como ela estava chorando, e turbada com a visão que estava tendo DENTRO do sepulcro deu uma rápida olhada para o mestre e tornou a olhar para dentro (vs. 14 e 16). O conjunto desses acontecimentos e o estado psicológico de Maria não o fizeram reconhecer o mestre (ela só conseguia imaginar Jesus morto, um cadáver). Mas, como Jesus lhe chama pelo nome, volta-se e reconhece o mestre.

Marcos nos confirma esse fato de ser Maria Madalena a PRIMEIRA a ver o Mestre ressuscitado, em Marcos 16:9.
Mateus, por sua vez, nos informa, em Mateus 28. 9 que, após essa PRIMEIRA manifestação de Jesus ressuscitado a Maria Madalena, ele também apareceu para as outras mulheres juntamente com Maria Madalena (Provavelmente, as outras mulheres a seguiram até o sepulcro, após MARIA já ter o encontro com o Senhor ressuscitado e ouviram a sua história e, quando estavam voltando para casa, Jesus apareceu-lhes.). Então, entre os v. 8 e v. 9, aconteceu todo o episódio de as mulheres verem os anjos, voltarem para casa, Maria Madalena contar a Pedro a visão dos anjos, Pedro ir ao sepulcro com João, os dois voltarem para casa, Maria Madalena ir só ao sepulcro e ter a experiência com os anjos, ver a Jesus ressuscitado, as mulheres virem ter com ela no sepulcro e, finalmente, Jesus aparecer ressuscitado para elas e, mais uma vez, para Maria Madalena, agora não estando sozinha, mas com as outras mulheres (v.9).
PORTANDO, SE VÊ QUE NÃO HÁ CONTRADIÇÃO! SÃO QUATRO RELATOS (TESTEMUNHOS) DIFERENTES, MAS VERDADEIROS, SOBRE OS MESMOS ACONTECIMENTOS. SE NÃO HOUVESSE DIFICULDADES, DAÍ SIM PODERÍAMOS DESCONFIAR QUE FOSSEM ENGENDRADOS POR HOMENS ESPERTOS E MAL INTENCIONADOS. NO ENTANTO, ELES SE COMPLEMENTAM HARMONIOSAMENTE SENDO TESTEMUNHOS CONFIÁVEIS DA RESSURREIÇÃO!



UM TEXTO SEM CONTEXTO É UM PRETEXTO PRA HERESIAS !

5 - DEUS É BOM? “Deus é bom para todos..." Salmos 145:9 Ou mal? "Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o SENHOR, faço todas estas cousas." Isaias 45:7

Resposta: À primeira vista pode parecer que, se Deus criou todas as coisas, então deve também ter criado o mal. Entretanto, há aqui um pressuposto que deve ser esclarecido. O mal não é uma “coisa”, como uma pedra ou a eletricidade. Você não pode ter um pote de mal! Mas o mal é algo que acontece, como o ato de correr. O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a ausência do bem. Por exemplo, os buracos são reais, mas somente existem em outra coisa. À ausência de terra, damos o nome de buraco, mas o buraco não pode ser separado da terra. Quando Deus criou todas as coisas, é verdade que tudo o que existia era bom. Uma das boas coisas criadas por Deus foram criaturas que tinham a liberdade em escolher o bem. Para que tivessem uma real escolha, Deus deveria permitir a existência de algo além do bem para escolher. Então Deus permitiu que esses anjos livres e humanos escolhessem o bem ou o não-bem (mal). Quando um mau relacionamento existe entre duas coisas boas, a isso chamamos de mal, mas não se torna uma “coisa” que exige ter sido criada por Deus.
Examine o exemplo de Jó em Jó capítulos 1 e 2. Satanás quis destruir Jó, e Deus permitiu que Satanás fizesse tudo, exceto matá-lo. Deus permitiu que isto acontecesse para provar a Satanás que Jó era reto porque amava a Deus, e não porque Deus o tinha tão ricamente abençoado. Deus é soberano, e no controle máximo de tudo o que acontece. Satanás nada pode fazer a não ser que tenha a “permissão” de Deus. Deus não criou o mal, mas Ele permite o mal. Se Deus não houvesse permitido a possibilidade do mal, tanto a espécie humana quanto os anjos estariam servindo a Deus por obrigação, não por escolha. Ele não quis “robôs” que simplesmente fizessem o que Ele gostaria que fizessem por causa de sua “programação”.
A resposta que a Bíblia nos dá é: Deus tem um propósito perfeitamente bom para a existência do mal. Vejamos a seguir. A Bíblia não só ensina que Deus sabe de todas as coisas, mas que Ele determinou, com precisão, o Seu plano para toda a história do universo. Deus detalhadamente determinou a existência e história para cada criatura desde antes da criação. Ele escreveu a história do mundo para a Sua glória, de sorte que tudo ocorre de acordo com o Seu perfeito plano e nada acontece sem ser previamente decretado por Deus. Em Isaías 46:9-10, Deus apresenta como evidência de Sua divindade o fato de que Ele tem determinado e declarado o fim desde o início. Ele diz: “...Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim... o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46:10).Não existe um átomo sequer em todo o universo que não esteja a cada momento sendo sustentado e guiado por Deus. Em Colossenses 1:16-17, Paulo diz: “...Tudo foi criado por meio dele e para Ele... Nele, tudo subsiste.” Hebreus 1:3 explicitamente diz que Ele “sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder.” Vimos então que Deus tem planejado e determinado o percurso de toda a criação (incluindo Satanás e todas as suas ações, como sua queda e as tentações que ele apresenta a nós, seres humanos). O mal que existe hoje não ocorre por acidente, mas porque Deus tem determinado em Seu perfeito plano que deveria ser assim. Isto pode ser surpreendente ou até vergonhoso para muitos, mas para Deus, não. Ele diz: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas cousas (Isaías 45:7). É notável que neste versículo Ele até usa o verbo mais forte (bara no Hebraico é a mesma palavra usada em Gênesis 1:1) para referir-se ao Seu envolvimento intencional com o mal. De fato, Ele até apresenta isto como evidência de Sua divindade, em contraste com os ídolos que são incapazes de fazer bem ou mal (Isaías 41:23). O inspirado profeta Jeremias apresenta a pergunta retórica: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem?” (Lamentações 3:37-38). É claro que a resposta esperada é que nada de bom ou mau ocorre sem que proceda de Deus. Semelhantemente, o profeta Amós pergunta: “Sucederá algum mal à cidade, sem que o SENHOR o tenha feito?” (Amós 3:6).
Basicamente, não há uma resposta a estas perguntas que possamos compreender totalmente. Como seres humanos limitados, jamais podemos compreender inteiramente um Deus infinito (Romanos 11:33-34). Às vezes pensamos que compreendemos por que Deus faz determinada coisa, e mais tarde descobrimos que era para um propósito diferente daquele que havíamos pensado. Deus vê as coisas sob uma perspectiva eterna. Nós vemos as coisas sob uma perspectiva terrena. Infelizmente, por natureza, preferimos a nossa própria concepção de Deus àquela do Deus verdadeiro.
Concluindo, a Bíblia ensina claramente que tudo que Deus criou era “muito bom” (Gênesis 1:31). Semelhantemente, a Bíblia termina descrevendo em Apocalipse 21 e 22 um período futuro quando tudo voltará a ser muito bom. Apocalipse 21:4 diz: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram.” Isto significa que quase toda a Bíblia, de Gênesis 3 a Apocalipse 20, trata do tempo quando o mal existe. Este é o tempo em que nós vivemos. Entretanto, é confortador, mesmo quando entendemos pouco do propósito de Deus para o mal, saber que tudo começou “muito bom” e há de terminar assim também!
DEUS É BOM!

4 - SOMOS PUNIDOS PELOS PECADOS DE NOSSOS PAIS? Não? "...O filho não levará a iniqüidade do pai..." Ezequiel 18:20 Ou sim? "Então se arrependeu o SENHOR do mal que dissera havia de fazer ao povo." Êxodo 32:14 "Porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem." (repetido em Deuteronômio 5:9) Êxodo 20:5

Resposta: Os filhos não são castigados pelos pecados cometidos por seus pais; nem são os pais castigados pelos pecados de seus filhos. Cada um de nós é responsável pelos nossos próprios pecados. Ezequiel 18:20 nos diz: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. Esse versículo mostra claramente que a punição do pecado vem sobre a pessoa que o cometeu. 
Há um versículo que, quando não interpretado corretamente, tem levado alguns a acreditar que a Bíblia ensina punição do pecado entre gerações, mas essa interpretação é incorreta. O versículo em questão é Êxodo 20:5, o qual diz em referência a ídolos: “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam”. Esse versículo não está falando de punição, mas de consequências. Está dizendo que as consequências dos pecados de um homem vão influenciar muitas gerações. Deus estava dizendo aos israelitas que seus filhos sentiriam o impacto da geração de seus pais como uma consequência natural de sua desobediência e seu ódio contra Deus. Filhos criados em tal ambiente iriam praticar idolatria semelhante, caindo no mesmo tipo de desobediência. O efeito de uma geração desobediente era o de plantar perversidade de uma forma tão profunda que iria levar várias gerações para reverter a situação. Não somos responsáveis diante de Deus pelos pecados de nossos pais, mas às vezes sofremos como resultado dos pecados que nossos pais cometeram, assim como Êxodo 20:5 ilustra.
Como Ezequiel 18:20 mostra, cada um de nós é responsável pelos nossos próprios pecados e devemos carregar a punição pelas transgressões que cometemos. Não podemos dividir nossa culpa com uma outra pessoa, nem uma outra pessoa pode se responsabilizar por nossa culpa. Há, no entanto, uma exceção a essa regra, e ela é válida para toda a humanidade. Um Homem pode carregar os pecados de outros e pagar pela sua penalidade para que os pecadores possam ser justificados e purificados diante de Deus. Esse homem é Jesus Cristo. Deus enviou Jesus ao mundo para trocar Sua perfeição pelo nosso pecado. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21). Só Jesus Cristo pode pagar pela punição do pecado de todo aquele que aproximar-se dEle em fé.

3 - DEUS SE ARREPENDE? Não? "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa.” Números 23:19 Ou sim? "Então se arrependeu o SENHOR do mal que dissera havia de fazer ao povo." Êxodo 32:14 É comum os crentes dizerem que Deus se arrepende sim. Tudo bem, isso responde a pergunta, mas não esclarece a contradição, que de um lado diz que sim e de outro diz que não. Além do mais, um Deus que é perfeito nunca erra, por isso não tem o direito de se arrepender.

RESPOSTA: Pra começar esses crentes que você andou que disse que Deus se arrepende, eles crê em tudo menos em Deus! Todos nós somos crentes, porque crente é uma pessoa que crê em alguma coisa. Quer um conselho? Não vá pela cabeça deles.
A palavra hebraica para arrependimento é noham. É usada para indicar tanto o arrependimento humano quanto o arrependimento de Deus no Antigo Testamento.
É do conhecimento de todos que a Bíblia fala do arrependimento de Deus. Mas como o arrependimento de Deus deve ser entendido? Será que o arrependimento humano serve de parâmetro para o arrependimento de Deus? O arrependimento de Deus é o mesmo dos homens? Deus realmente se arrepende?
Antes de responder a estas perguntas, é preciso observar, primeiramente, que a Bíblia trata do arrependimento de Deus nas seguintes passagens:
Gênesis 6.5-7 (Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; então se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito);
Êxodo 32. 12 (Por que hão de dizer os egípcios: Com maus intentos os tirou, para matá-los nos montes e para consumi-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo);
I Samuel 15.10,11,35 (Então, veio a palavra do SENHOR a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras...O SENHOR se arrependeu de haver constituído Saul rei sobre Israel);
2 Samuel 24.16 (Estendendo, pois, o Anjo do SENHOR a mão sobre Jerusalém, para a destruir, arrependeu-se o SENHOR do mal e disse ao Anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, retira a mão...);
Jeremias 18.7,8 (No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe);
Joel 2.13 (Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal);
Jonas 3.10 (Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez).
Como entender estas passagens à luz de um contexto bíblico mais amplo? Cremos que o Dr. James Packer está correto quando diz: "A referência em cada caso é sobre a anulação de um prévio tratamento dispensado a certos homens, como conseqüência da reação deles a esse tratamento. Mas não há sugestão de que essa reação não tenha sido prevista, ou que Deus tenha sido tomado de surpresa, e que não estivesse estabelecida em seu plano eterno. Não há mudança alguma em seu propósito eterno quando Ele começa a agir em relação a um homem de maneira diferente".

Além dos textos bíblicos acima, outras passagens são categóricas em afirmar que Deus nunca se arrepende:
Números 23.19 (Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?);
I Samuel 15.29 (Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa);
Oséias 13.14 (...Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum).
Não existe contradição alguma entre os textos que dizem que Deus se arrepende e os que afirmam de outra maneira. Pelo contrário, essas três últimas passagens bíblicas estabelecem definitivamente que o arrependimento de Deus nunca deve ser entendido como o arrependimento humano. E por que não? Simplesmente porque o arrependimento do homem é causado pelo reconhecimento de uma atitude precipitada, como resultado da ignorância do que havia de acontecer. Nós nos arrependemos porque erramos. No caso de Deus é extremamente diferente. Ele jamais comete erros. Em Deus "não pode existir variação, ou sombra de mudança" (Tg 1.17).

Quando a Bíblia fala de Deus se arrependendo e mudando sua intenção para com o homem, "evidentemente é só a maneira humana de falar. Na realidade a mudança não é em Deus mas no homem e nas relações do homem com Ele" (L. Berkhof). Pink complementa: "Quando fala de si mesmo, Deus freqüentemente acomoda a Sua linguagem às nossas capacidades limitadas. Ele Se descreve a si mesmo como revestido de membros corporais como olhos, ouvidos, mãos, etc. Fala de Si como tendo despertado (Salmo 78.65) e como ‘madrugando’ (Jeremias 7.13), apesar de que Ele não cochila nem dorme. Quando Ele estabelece uma mudança em Seu procedimento para com os homens, descreve a Sua linha de conduta em termos de arrepender-se". Em suma, o arrependimento de Deus não ocorre por causa de qualquer mudança nEle, mas por causa de nossa mudança para com Ele.

2 - COMO PODEMOS SER SALVOS? Pelas obras? "Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente." Tiago 2: 24 Ou pela fé? "Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei...Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independente das obras da lei." Romanos 3: 20, 28

RESPOSTA: Será que a Bíblia se contradiz?
Uma crença fundamental dos Cristãos é a de que somos justificados pela fé. Justificação significa que Deus declara um pecador como sendo justo. Ele faz isso ao dar crédito, ao atribuir a retidão de Jesus ao pecador. Isso é feito pela fé. Isto é, quando o pecador põe sua fé no sacrifício de Jesus e confia nele e não em si mesmo pela retidão, então Deus o justifica: Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça (Romanos 4:3). Mas e se a Bíblia ensina que somos justificados pela fé, será que ela também ensina que somos justificados pelas obras como Tiago parece querer dizer? Temos uma contradição? A resposta é não.
O contexto é tudo
É errado pegar um versículo, lê-lo fora de contexto, e tentar desenvolver uma doutrina somente a partir dele. Portanto, vamos dar uma olhada no contexto de Tiago 2:24, que diz que um homem é justificado pelas obras. O capítulo 2 da carta de Tiago tem 26 versículos: Os de 1-7 nos ensinam a não mostrar favoritismo, 8-13 são comentários sobre a Lei, e 14-26 são sobre a relação entre a fé e as obras.
Para simplificar, sumarizei cada versículo e organizei a seção:
14 – Qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?
15 – Se você ver algum necessitado,
16 – E qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?
17 – Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.
18 – Mas alguém dirá: eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.
19 – Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.
20 – A fé sem as obras é inoperante.
21 – Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?
22 – Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,
23 – E se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
24 – Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.
25 – Raabe foi justificada pelas obras.
26 – A fé sem obras é morta.

Note que Tiago começa essa seção usando o exemplo de alguém que diz que tem fé, v. 14. Então ele começa com a negativa e demonstra o que é uma fé vazia vv. 15-17. Depois ele mostra que esse tipo de fé não é muito diferente da fé dos demônios v. 19. E finalmente, ele dá exemplos da fé viva ao mostrar Abraão e Raabe como exemplos de pessoas que demonstraram sua fé pelas suas ações.
Tiago está examinando dois tipos de fé: Uma que leva às obras para Deus e outra que não. Uma é verdadeira e a outra é falsa. Uma é morta e a outra é viva; daí: A fé sem obras é morta (Tiago 2:26).
Esta é a razão pela qual no meio da seção sobre fé e obras ele dizer no versículo 19: Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. Tiago diz isso, pois os demônios crêem em Deus, ou seja, eles têm fé, mas a fé deles é inútil. Ela não resulta em obras adequadas. A fé deles é somente um reconhecimento mental da existência de Deus.

Ascentia e Fiducia
É necessário introduzir duas palavras aqui: Ascentia e fiducia. Ascentia é a ascensão mental, o reconhecimento mental da existência de algo. Os demônios reconhecem e crêem que Deus existe. Fiducia (ou fidúcia) é mais do que mero reconhecimento, envolve a confiança em algo, entregar-se a algo, uma completa crença e aceitação de algo. Este é o tipo de fé que um Cristão tem em Cristo. Um Cristão, portanto, tem fidúcia; ou seja, ele tem a fé verdadeira e real em Cristo, e não o simples reconhecimento de que ele viveu aqui na Terra. Outra forma de explicar isso é que muitas pessoas criam que Jesus viveu: Ascentia. Mas eles não criam que ele era seu Salvador, aquele a ser buscado e confiado para que obtivessem o perdão pelos seus pecados.
A ascentia não leva às obras, a fidúcia leva. A ascentia não vem do coração, a fidúcia vem.

E o que Tiago está dizendo?
Tiago está dizendo que se você é um Cristão, então é melhor que você manifeste algum tipo de obra adequada, caso contrário, sua fé é falsa. Esta opinião é repetida em 1 João 2:4: Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
Aparentemente, havia pessoas que estavam dizendo ser Cristãs, mas não estavam manifestando os frutos do Cristianismo. Essa fé justifica? Será que a “fé” morta, que não produz mudanças em uma pessoa e nenhuma boa obra perante os homens e Deus é uma fé que justifica? Absolutamente não. Dizer que crê em Jesus não é o bastante. Você deve realmente crer e confiar nele. Se realmente o fizer, então demonstrará essa fé em uma vida transformada e para Deus. Se não, sua declaração tem o mesmo valor da dos demônios: “Nós cremos que Jesus viveu”.
Note que Tiago na verdade cita o mesmo versículo que Paulo usa para apoiar o ensino da justificação pela fé em Romanos 4:3. Tiago 2:23 diz: e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Se Tiago estivesse tentando ensinar uma doutrina de fé e obras contradizendo os outros autores do Novo Testamento, ele não teria utilizado Abraão como exemplo.
Portanto, somos justificados pela fé. Ou seja, somos feitos justos aos olhos de Deus pela fé, como amplamente demonstrado em Romanos. Porém, esta fé, se verdadeira, irá resultar em atos apropriados para a salvação. Afinal de contas, Deus disse em Efésios 2:8-10: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

Só fé em Jesus Cristo salva, sem o acréscimo de obras (a perspectiva de Paulo).

O texto bíblico é unânime, de começo ao fim . . . Não há nada em nós capaz de merecer a vida eterna.

Rm 3:10-12 “não há justo, nem sequer um; não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.

Is 64:6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia

Ef 2:8,9—Porque pela graça sois salvos mediate a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.

Tt 3:5—não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou.

2 Tm 1:9—nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos.

Rm 3:20-28 “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei . . . Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem . . . sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus; . . . Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.

Quando lemos esses textos, só podemos concluir que a salvação é obra de Deus, independente das obras, para que somente Deus receba toda a glória. A fé não é uma obra, mas uma resposta à obra prévia de Deus no coração humano. Significa receber um presente dado por Deus. Ninguém se vangloria por estender a mão para receber um presente. A glória pertence àquele que o doou.

Inclusive, à luz desse presente de valor inestimável, qualquer tentativa de comprá-lo diminui tamanho sacrifício feito por Cristo para torná-lo possível. Por exemplo, digamos que um dia você descobre que precisa de um transplante de rim. A única pessoa no mundo que tem um órgão compatível com seu corpo é sua própria mãe. Quando ela fica sabendo da sua necessidade, no mesmo instante oferece doar o rim dela. Depois da cirurgia, você chega para sua mãe e diz, “Mãe, a senhora me deu vida quando entrei nesse mundo; agora a senhora salvou a minha vida. Sou muito grato. Quero fazer alguma coisa para pagar a senhora pelo que fez por mim. Quanto posso te dar pelo seu rim? Será que R$7 seria bom?

Essa é a diferença entre todas as religiões do mundo e o verdadeiro cristianismo. As religiões ensinam que o homem faz boas obras PARA SER SALVO, enquanto a Bíblia ensina que fazemos boas obras POR QUE JÁ SOMOS SALVOS. A religião exalta ao homem, e diminui tamanho sacrifício de Cristo na cruz, pois acha que pode merecer a salvação. Mas o cristianismo exalta a Deus, pois reconhece que seria impossível pagar o que foi comprado por Cristo na cruz. Religião é motivada pela culpa, mas cristianismo pela graça. Religião leva à escravidão, dúvida e insegurança, enquanto cristianismo verdadeiro leva à segurança de um relacionamento filial com Deus.

Então, qual o lugar de obras na vida cristã? Obras são muito importantes, mas como resposta de gratidão pelo que Deus já fez por nós em Cristo.

Paulo e Tiago estão falando em dois contextos diferentes. Paulo combate a idéia de que um relacionamento com Deus pode ser “comprado” por boas obras, enquanto Tiago luta contra aqueles que dizem que a salvação não precisa fazer nenhuma diferença na maneira de se viver a vida. É como se os dois estivessem de costas um para o outro, unidos, mas combatendo inimigos diferentes. Para ambos, a fé em Cristo Jesus é o meio da salvação. Mas Paulo combate o LEGALISMO enquanto Tiago combate a LIBERTINAGEM.

Historicamente, a fé evangélica tem entendido que a fé que salva envolve três elementos: 1) Conhecimento dos fatos do Evangelho 2) Afirmação dos fatos do Evangelho 3) CONFIANÇA PESSOAL nos fatos do Evangelho para MINHA salvação.

Muitos hoje possuem itens um e dois acima. Mas não chegam à fé verdadeira, que exige apropriação pessoal do Evangelho. Não lançam o peso da sua esperança de vida eterna sobre o Jesus e somente Jesus. Afirmam os fatos do Evangelho, mas não confiam unica e exclusivamente neles para vida eterna. Esse passo “radical” só vem quando Deus converte a alma de alguém. E quando esse “novo nascimento” acontecer, há mudanças radicais na vida da pessoa. É isso que Paulo e Tiago afirmam juntos.